6 de ago. de 2007

Informando e Reformando.

Não se precisa ir muito longe... noticiário falado, imprensa escrita, virtual...basta virarmos para o lado, ou mesmo olharmos para frente e veremos, melhor, ouviremos conversas onde os temas predominantes são assassinatos, acidentes, bombardeios, desabamentos, corrupção, enfim, violência de todo e qualquer tipo. E para quem tentar buscar algo de bom, de melhor, resta, muitas vezes, a acusação de “poliana” ou “alienado”. Ainda comentários do tipo: “Que mundo você vive? A vida não é cor-de-rosa, não? Você já acordou ou ainda está sonhando?” Ou ainda, ao ver alguém se emocionar com ditas pequenas coisas (uma música, um carinho, um elogio, um filme) lá vem... “manteiga derretida”, “carente”, “depressivo”!
É uma demanda de ações, palavras, idéias e valores cujos significados vêm respaldados pela gama de divulgações negativas, equivocadas e mal-intencionadas que pessoas são literalmente bombardeadas; até mesmo o mais otimista dos otimistas sofreria o baque. Ah! Esqueci-me... Otimista?! Este é um espécime em extinção!
Interessante! Pois é justamente nesse momento que vivemos um outro “bombardeio”. A todo instante recebemos mensagens virtuais de amizade, esperança, fé, transformações; realizam-se eventos em prol da preservação ambiental do planeta, contra a fome, a favor da Paz aqui, acolá; religiões se criam e se propagam em nome da fé e disputam entre si quanto ao número de adeptos e fiéis (qual a maior torcida do mundo, digo, religião).

Faz-se necessário lembrar que aprender a perceber o mundo, as pessoas e os acontecimentos de uma forma mais harmoniosa e equilibrada é muito mais que conhecimento e informação... é sabedoria! Contudo, não fácil porque transformar o que está ao lado implica em responsabilidade e compromisso.
E também Que buscar o que há de bom, de melhor também é real e muito possível. Mas que fundamental mesmo é reconhecer a possibilidade de alçar vôos (Criativo “Ch’ien”) em sonhos enraizados na terra (Receptivo “K’un”).
[crônica, agosto, 2007].

1 de jul. de 2007

Desejos.
(2007)

Quando mãos trabalham juntas,
Muitas casas podem ser construídas;
Plantas podem ser plantadas;
Pessoas podem ser alimentadas.

Quando pés andam juntos,
O caminho fica mais curto;
As opções são maiores.

Quando mentes pensam juntas,
Muitos conhecimentos são gerados,
Muitas soluções são encontradas.

Quando corações sentem juntos,
O sentimento torna-se grande;
As pessoas desejam junto.
É quando o desejo torna-se realidade.

Quando os desejos são mútuos e os sentimentos intensos;
As mentes pensam juntas;
As mãos trabalham juntas;
Os pés andam no mesmo compass
o...
E o desejo de outrora se torna a realidade de hoje.

(dedicado)

17 de mai. de 2007


O Amor.
(2007)

Tentar definir o Amor é uma tarefa proposta de solução indeterminada e atemporal. Inúmeras concepções sobre este sentimento buscam descrevê-lo sem, contudo, saber se o fizeram.
Um tema explorado, extrapolado, ilimitado. Permanente em literaturas, religiões, pinturas, canções, filosofias, filmes e ciências.
Embora isso, participando eu deste imenso universo, como não ousaria também tentar defini-lo?!
Concebo o Amor como um modo de ser característico da integração e diferenciação de um ser, que lhe permite ver, perceber, aceitar e encontrar um outro ser. O Amor é um sentimento que pressupõe auto-satisfação para poder doar-se aos outros num sentido de compartilhar.
O Amor implica num contato que permite apreciar as qualidades, conviver com limitações e aceitar o diferente.
O Amor não é uma relação com determinada pessoa, mas uma atitude, um sentimento que infere na relação de alguém com o mundo.
O Amor basicamente não é um sentimento por si só, mas que se mantém pela mutualidade de outros sentimentos e valores: respeito, confiança, carinho, amizade, companheirismo, compromisso.
E, por fim, permito-me dizer que a maturidade do amor, muitas vezes, traz ameaças a manutenção do mesmo. Embora devesse ser percebida e vivida como crescimento individual e compartilhado, pois no Amor acontece o paradoxo de dois seres serem um permanecendo dois.

9 de mai. de 2007

Vejo a passagem do tempo expressa no passar das horas, dos fatos, das pessoas.
O relógio registra o tempo em milésimos, que são segundos, que são minutos, que são horas...dias...semanas...meses...anos.
Fatos que se fazem recordar registram o tempo por passagens de momentos e épocas: nascimento, infância, aniversários, conquistas, términos, festas, reencontros, desencontros, perdas...
infinitudes de detalhes particulares a cada ser.
As pessoas trazem o resgistro do tempo em si: marcas do corpo, nas lembranças da memória, nas emoções, sensações e sentimentos gerados e passados.
Mas tudo não passa de uma simples manobra para o homem pensar que pode controlar o tempo!(Reflexões...Agosto, 2006)

5 de mai. de 2007


Reflexões traduzidas no decorrer dos caminhos da vida.


"Que dizer das direções então... Para que servem se ao sabor do vento nosso coração insiste em mostrar outra direção... Direção, esta, que existe somente na linguagem oficial dos tempos, pois nossos sentimentos e nossas emoções não obedecem direções... Simplesmente vão ao sabor de suas próprias dimensões!

Que meias sejam as palavras, pois inteiros serão seus significados, seus sentidos. Se, de meias em meias formos vivendo, quando findo, estaremos inteiros! (agosto/2006).


Quisera saber como passar os dias, mas já que não o sei...desejo que todos sejam, para todos, lindos dias de sol, ou então, com gotas de chuva para refrescar as horas. Ou uma brisa leve, ou vento forte para amainar as imprevisões do cotidiano (Novembro, 2006).

Simplesmente pelo fato de permanecermos presentes... aqui, ali, acolá. Simplesmente pelo ato de estarmos juntos... meses, semanas, dias...que seja! Essa situação revela-nos a dignidade que há em compartilhar a vida com outros. E assim, recomeçar mais um ano... mais um mês... mais uma semana... mais um dia em sua companhia. (Dezembro/2006)."

21 de abr. de 2007

AMIGOS.
(2006)

Que dizer dos amigos.
Não os digo, eu os vivo! Tão plena e intensamente que me deixo levar pelos seus sabores, cores, sons, cheiros.
Os verdes ainda são recentes, precisam amadurecer. Os amarelos já chegaram e estão se acomodando. Os vermelhos, estes já se instalaram; têm seu lugar.
Vejamos... os azedos me puxam para a realidade, pois os doces tendem a me levar às alturas. Os salgados acentuam os sabores da vida, enquanto os insossos equilibram os exageros.
Ah, claro! Os sons... os agudos me despertam para os desafios das escolhas. Os graves me fazem acordar dos sonhos. Os altos me mantêm alerta e os baixos me embalam doces sonhos.
Quanto aos cheiros... esses são tantos: terra, água, ar, mar, alfazema, rosas, alecrim, dama da noite...
O importante é que todos me fazem degustar a vida com o mais intenso prazer de tê-los próximo.