7 de jan. de 2008


PRIMAVERA.
(2007)

Quero perceber tudo com calma...
Até mesmo a correria.
Vem o dia... o sol...a lua.

A brisa...o vento.
As árvores... o verde.
Os pássaros... os cantos.
As flores... as cores... os perfumes.
As frutas... os gostos.
Neste amanhecer de primavera

Passam-se as horas...

O frio então já quente.
O quente ainda frio.
O canto mesmo sem ritmo.
A dança mesmo tímida.
Inventa-se o movimento...
Ama-se mesmo o que ainda se desconhece.
Acorda a vida...
Conduz as pessoas.

Hora de despertar...

não é possível perder o momento...

Primavera...

Nestes breves amanhecer e anoitecer.
POSSO LHE FALAR.
(2007)

Posso lhe falar das flores...
Suas cores, seus cheiros e tamanhos.
Posso lhe falar do vento...
A sensação, a intensidade, a duração, a velocidade.
Posso lhe falar do sol...
O calor, o nascer, o pôr.
Posso lhe falar das águas...
Das correntezas, da pureza.
Posso lhe falar das árvores...
Seus tamanhos, suas diversidades.
Posso lhe falar das horas...
As marcadas pelo relógio, as sentidas pelo coração, as do pensamento,
Àquelas que passam e aquelas que não passam.
Posso lhe falar das emoções...
As sentidas, as não sentidas, as sem sentido.
Posso lhe falar de músicas, de pinturas, de livros, de sonhos, de fantasias.
Posso lhe falar, lhe dizer...Mas palavra alguma será suficiente para exprimir o meu sentir verdadeiro.