Inicio essa conversa acompanhada de uma taça de vinho tinto. Ao som de Mercedes, Milton, Madredeus. Uma mistura que beira a perfeição. Sábado nublado. Carros, pessoas e cachorros nas ruas; inclusive eu e o meu; passeamos estrada acima hoje. Na rede, daqui a pouco, com um bom livro para “devorar” a imaginação. Agora, descrevo o que me vem, ou o que percebo vir. Hoje tirei o dia para qualquer coisa. Para o que surgir. Para o nada, se assim o for. Tenho tanto o que fazer, mas farei o que o tempo me permitir. A música canta “Gracias a La Vida” e eu reverencio. Canta que “ninguém volta ao que já passou”; de fato, concordo. Meus sentidos estão alertas, sensibilizados, apurados. Qualquer sentido. Às vezes isso acontece, ficam “a flor da pele”. Quero expressá-los. Espalhá-los. Ah! Imagino uma maneira de eternizá-los. Gostaria de perpetuar este momento. Mas não o posso. Inconstância. Impermanência. Transformação. Eles se alternam, se renovam, mas não se repetem. Isso me encanta. Enobrece. Expressa a singularidade do meu vir a ser. Revela características de fragilidade, de sensibilidade que se ocultam no cotidiano prático e metódico. O que me assusta e me excita. Parte de mim quer compartilhar, parte quer preservar camuflado: desejos, vontades, sentimentos, memórias. Finalizo agora para acompanhar a taça ao meu lado...vazia, que se apresenta para ser preenchida com as próximas cenas de um dia que ainda não findou em seu acontecer.
Descubro-me uma apaixonada eterna pela vida e, consequentemente, pelo que esta tem me oferecido de mais sagrado. assim o sendo, o faço de maneira humilde, mas que melhor encontro para alcançar a todos...uma oração a cada escrita em agradecimento a cada presença...
18 de set. de 2010
QUANTO AO AMOR...(2010)
Eu não tenho definições ou filosofias para o Amor.
Se o escrevo, se o falo não é porque o saiba,
mas porque ele se realiza em mim mesmo que eu não perceba.
Não amo porque o seja fácil de fazê-lo.
Mas porque disso sou eterna e perpetuamente dependente.
É uma escolha; um ato, uma atitude descaradamente consciente.
Não procuro amar para existir.
Existo para amar porque isso me encoraja a viver; a seguir em frente.
Não dependo exclusivamente de alguém que me ame,
embora precise de alguém/alguéns que o faça.
Dependo, sim, de amar mais e mais alguém e alguéns.
Amo porque me é sagrado a relação com a vida, com o humano;
Embora nem sempre, ou quase sempre, não a declare.
Amo porque isso me encanta,
Mesmo quando as pessoas não o percebem o quanto amo,
Quando expresso e como amo.
Amo sem eira nem beira,
Em curvas e retas,
Em subidas e descidas,
Na chuva, no seco, na terra, no ar, no mar.
Amo com começos e alguns fins.
Embora não o saiba fazê-lo ainda sem condições e expectativas!
Amo porque me satisfaz viver (mesmo que nem sempre me seja agradável).
Quando amo procuro compreender, aproximar, viver, entregar, encontrar;
compartilho, incluo, escuto, silencio; choro, sorrio conjuntamente;
deixo estar e deixo partir (mesmo que doa).
Acredito e confio intensamente.
Tenho fé, indiscutivelmente.
Quando amo RESPEITO!
Quando amo tenho tempo...
Tempo de sobra!
Se o escrevo, se o falo não é porque o saiba,
mas porque ele se realiza em mim mesmo que eu não perceba.
Não amo porque o seja fácil de fazê-lo.
Mas porque disso sou eterna e perpetuamente dependente.
É uma escolha; um ato, uma atitude descaradamente consciente.
Não procuro amar para existir.
Existo para amar porque isso me encoraja a viver; a seguir em frente.
Não dependo exclusivamente de alguém que me ame,
embora precise de alguém/alguéns que o faça.
Dependo, sim, de amar mais e mais alguém e alguéns.
Amo porque me é sagrado a relação com a vida, com o humano;
Embora nem sempre, ou quase sempre, não a declare.
Amo porque isso me encanta,
Mesmo quando as pessoas não o percebem o quanto amo,
Quando expresso e como amo.
Amo sem eira nem beira,
Em curvas e retas,
Em subidas e descidas,
Na chuva, no seco, na terra, no ar, no mar.
Amo com começos e alguns fins.
Embora não o saiba fazê-lo ainda sem condições e expectativas!
Amo porque me satisfaz viver (mesmo que nem sempre me seja agradável).
Quando amo procuro compreender, aproximar, viver, entregar, encontrar;
compartilho, incluo, escuto, silencio; choro, sorrio conjuntamente;
deixo estar e deixo partir (mesmo que doa).
Acredito e confio intensamente.
Tenho fé, indiscutivelmente.
Quando amo RESPEITO!
Quando amo tenho tempo...
Tempo de sobra!
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