3 de mai. de 2011

ACHADOS (DA VIDA).

Ensaio passos para entender a história que perdi capítulos.

chega-me por meio de uma rede de infinitas sensações.

revelações. segredos. acontecimentos. silncios. falas. presenças. ausências.


a cada vez que chego, uma espera de ansiedade.

no reencontro, um misto de sentimentos intensos.

renovados. retificados. construídos como novos.

na passagem dos dias, descobertas de uma história que me é estranha.

que, no entanto, me pertence.

o ritmo dos dias tem um compasso diferente.

os sons se propagam em espaços pouco conhecidos.

tudo acontece ratificado por sorrisos, gestos, palavras receptivas.

deixando emergir as curiosidades que se manifestam.

as horas trazem relatos que preenchem vazios de outrora.

ao me permitir aproximar dessa minha realidade ainda alheia...

tornam-se visíveis expressões acaloradas e agradáveis.

cumprimentos matinais na companhia de compartilhar uma refeição aquecida por cuidados e atenções.

passeios coloridos de diversão e emoções distintas.


almejo captar cada detalhe dessa realidade que se evidencia.

que me inebria com descobrimentos significativos dos dias de ontem;

que me encanta com os momentos dos dias de hoje;

que me cativa com a perspectiva dos dias futuros.

quero me deixar descobrir por quem vem de encontro dessa mesma realidade.


a cada vez que parto meu coração se enche de alegria pelo vivido.

entristece pelo que ficou sem a certeza do quando voltar.

deixo porções de mim; levo porções de quem fica.

arrebatam-me sentimentos distintos de ir e de permanecer.

a despedida transforma-se em uma vontade de retorno breve.

um combinado de sentimentos e emoções se apossa dos meus mais íntimos anseios.

que por si já não se reconhecem em seus próprios motivos.

sinto que uma nova composição de mim mesma tem seu início. aceito.

permito-me o espírito aberto para apreender o que ainda se fará por acontecer.

effugere non potes necessitates! (não se pode fugir ao destino!)