19 de out. de 2013

TRAÇOS DE UMA TELA ESCRITA.

Intencionava pintar uma tela grande, colorida, movimentada
Do tamanho grande o suficiente para caber meus desejos, minhas vontades,

 meus sonhos, minhas fantasias e, claro, minhas realidades.
Usei e abusei de cores e teve momentos, em que nem cores usei! 
Rabisquei tintas e pincéis em cores de variados traços.
Desenhei com giz, com lápis, com ceras, com canetas
com aquarelas de cores translúcidas ou intensas.
Movimentei os traços ora em compassos rápidos e lentos;
ora em detalhes minuciosos;
ora em rabiscos desarranjados.
Misturei, embaralhei, contornei, tive pinceladas sem razão, aparentemente.
Tive desenhos de um contorno extremo definido de idas e vindas,
de começos e términos.
Esbocei traços tímidos, tremidos querendo dar formas a vontades e sentimentos.
Que pretensão!
Hoje se definiram sobre a tela algumas curvas, outras retas, alguns pontos, 
algumas manchas, alguns borrões.
Compreendi que minha aquarela, às vezes, desbota.
E que nessas pinceladas da vida existem cores que não escolhemos;
traços que não fizemos...
Porque nessa aquarela da vida não somos nossos únicos pintores.

GRATIDÃO...RETIRADA DIRETAMENTE DO ALFABETO DA VIDA.


Sucede que soube dessa expressão quando compreendi como a mesma se constrói. Gratidão pode ser uma escolha de ser. Uma escolha de estar. Uma escolha de agir no decorrer da vida. Digo 'pode ser' porque as escolhas são responsabilidades que assumimos considerando nossos pensamentos, mesmo os mais íntimos; nossos sentimentos expressos e não expressos; nossas expressões verbalizadas e não verbalizadas; nossos comportamentos, incluindo gestos e atitudes. todavia, o caminho da gratidão se expande para além de um gesto, de uma palavra ou de um pensamento gentil. Bem como não se limita a paga ou 'moeda' de troca por algo de bom que tenha lhe ocorrido ou que alguém lhe tenha feito. Inserir gratidão em sua vida implica em tornar-se agradecido por cada instante de vida que temos independente de seus significados, agradáveis ou desagradáveis.O que não nos parece tão simples ou mesmo coerente diante das atrocidades e injustiças a que estamos expostos no decorrer de nossas horas cotidianas. Mas é um belo desafio ao desenvolvimento de nossas ditas capacidades humanas. Qualquer um de nós, em algum momento de sua vida, sentiu gratidão seja qualquer que tenha sido o motivo. E possivelmente, sentiu-se muito bem com essa sensação. A expressão facial fica mais leve, o sorriso mais aberto, os gestos mais espontâneos...o ritmo daquela hora, ou daquele dia flui com maior tranquilidade. Todos já tivemos momentos assim na vida. Você possui essa compreensão dentro de si. Comece. Mesmo forçado, o simples ato de agradecer provoca certas reações distintas do habitual, especialmente aquelas advindas do outro lado. Quaisquer que sejam: incompreensão, surpresa, alegria, deboche, ironia, reciprocidade, desconfiança...porque isso se faz naturalmente - as reações. Somos seres reativos; mesmo quando, aparentemente, não reagíamos. Mantendo essa percepção da reação que acontece em si e aos outros, aos poucos de cada dia, de cada gesto, pensamento, sentimento de agradecimento, você perceberá que o forçado torna-se...menos forçado. A plenitude alcançada através de um único e simples gesto ou atitude ou sentimento de gratidão amortece as dores físicas e, muito especialmente, as dores emocionais e do espírito. Dessa maneira, a gratidão constrói-se pela nossa única e particular escolha interna, cuja tradução pelas nossas ações externas se estende a muitas outras pessoas.


  

GRATIDÃO.


Peço licença para me repetir da soletração de uma palavra dita:gratidão.
meu português brasileiro fez uma tentativa de significar este vocábulo: gratidão
talvez tenha ficado meio sem jeito.
Um tanto misturado...miscigenado...multifacetado de significados.
alguns bem arranjados. Outros um tanto quanto incertos.
Pensei gratidão como...
o abraço forte, o beijo afetivo, o sol que aquece, a chuva que molha.
O pé no chão com sensação de alívio. O abrir e o fechar dos olhos. O sonho planejado.
O sorriso largo. O choro sentido. O caminhar sem rumo. o Ouvir curioso.
Até mesmo uma dor sentida. um perda ocorrida. Uma distância mantida.
Uma aproximação provocada.
E, nesse tentar, senti a tal da gratidão quando me tomou...
Uma emoção gratuita que me preenche com espaços de sentir mais.
Um sensação aconchegante de expandir até onde não se alcança.
Um pensamento que repousa internamente e ali se deixa permanecer tênue.
Uma atitude que impulsiona o querer agir mais e mais em uma cadência serena.
Um único e simples gesto que amortece a dor-tristeza, a dor-decepção, a dor-fraqueza
e, até mesmo, a dor-perda.
A tal gratidão não é secreta, nem é segredo.
Diz respeito ao nosso agir cotidiano.
Cabe aos pequenos espaços da vida.
Basta-se e define-se por si só através de sua peculiaridade:
está ao alcance de toda pessoa a qualquer momento,
mas é uma escolha única e particular.
E, nos entremeios dos acontecimentos da vida cotidiana,
a gratidão vem preenchendo meu existir.
De maneira a transformar o caminho mais suave, mais alegre e mais belo
                                               ....
porque metade de mim é amor, mas a outra...é gratidão*.

*(parafraseando a música Metade de Oswaldo Montenegro).


MEUS DIAS II.

Meus dias têm sido diversos de outrora.
Postam-se num ritmo cadenciado marcando a respiração.
Sejam dos domingos ao entardecer
passando pelas segundas
até chegar ao domingo novamente.
Lado a lado.
Pé ante pé impulsionando-me a descobertas ingênuas e/ou intricadas.
Meus dias têm sido de olhares atentos de saber o que está a suceder-se.
Minha atenção é mais exigida na percepção das sensações.
Meus sentimentos brincam de se transmutar em muitos e vários que me perco.
E, simplesmente, deixo emergir sem muito me preocupar com designações.
Meus olhares passeiam entre as paisagens que se apresentam uma a uma.
E que são diversas de outros tempos e de outros mesmos lugares.
Seja na matiz escura da noite.
Seja no colorido diverso da manhã.
As paisagens são como nunca e sempre se espera.
Ali estão onde nada se aguarda encontrar.
Acabam bem quando se espera continuar.
Aqui. Ali. Acola.
Meus dias têm sido cheios de cheiros diferentes, de formas diversas.
De sons que começam a se tornarem familiares.
Procuro pela integração de pensamentos e sentimentos na tentativa de compor com as paisagens de meus dias de agora uma harmonia de ideias.

19 de ago. de 2013

QUANDO O TEMPO PODE PASSAR.

Tem dias que gostaríamos que o tempo parasse.
Até mesmo que voltasse almejando preservar algo ou alguém que nos trouxe aconchego;
que nos trouxe paz.
Enfim, preservar a sensação de estarmos plenos e felizes.
Mas, tenho me dado conta que não desejo que o tempo volte. Ou mesmo, que pare.

Então, chamei o Tempo para uma conversa ao pé do ouvido...
Sou-lhe tão grata que me tem chego tão preenchido de surpresas agradáveis!
Quero apenas que continues a passar no compasso que lhe for devido.
No ritmo que for preciso.
Quero apenas que não me faltes com sua ausência, pois preciso que sejas contínuo para que eu alcance a mesma condição de plenitude e felicidade.
Eu preciso que faças sua parte: passe!
Que conduzas as horas compostas por minutos numa gostosa brincadeira de passa-passa; 
que os dias sigam um após o outro; 
que as manhãs acordem e que as noites cheguem para adormecer; 
que as expressões me sirvam ao meu tempo passageiro: ‘logo, daqui uns dias, em breve’ na excelência de seu mais simples significado, mas tão expressivo para mim nesse instante.
que os trajetos dos meus dias se façam diversos para minha distração;
que alimentes minhas intenções no instante de agora com curiosidades;
que me alivie alguns sentimentos, mas intensifique outros.

Já não me importo se, à passagem do tempo, também advém a da minha existência.

Quero apenas e, simplesmente, que siga com os momentos que estão a acontecer.
E nessa brincadeira, Tempo, que você passe a meu favor.

16 de ago. de 2013

O LUGAR DE ONDE EU VIM.

O lugar de onde vim tem encantos simples, gente singela.
Lá os dias passam como em qualquer outro lugar. O sol nasce e se põe, como o movimento de uma gangorra, dando lugar a lua e as estrelas.
As estradas cortam os campos cada vez mais; pontes cobrem os rios; calçadas impõem o traçado ao caminhar do andante; muros crescem.
Todavia, do lugar de onde eu vim...
Ainda é possível apreciar a teimosia das araucárias que se apresentam uma aqui, outra ali.
O orvalho respingado da manhã fortalece a diversidade de estampas verdes que teimam em brotar e espalha a sensação de frescor.
As taipas que insistem em permanecer de pé, mas meio que pendendo para o lado....para frente...para trás...como a ganhar vida para se equilibrar sobre a terra abatida.
O galo canta seu despertar e o despertar de toda a vizinhança há quilômetros de distância.
Grupos de andorinhas sobrevoam centros urbanos em círculos velozes, buscando repouso a sombra dos arranha-céus. Que, por sua vez, ganham o espaço do céu através de andares concretos.
O lugar de onde eu vim tenta sobreviver com a tradição ao lado da tecnologia.
O sanfoneiro chora o arranjo prolongado e dança com dedilhar a sanfona que canta, encanta e estica o som campeiro a audição de quem se dá tempo.
O bate-espora ritmado acompanha o compasso da tradição.
A cuia largada de erva sovada com capricho para o matear de aconchego do dia exala o odor fresco do chimarrão.
A fumaça saideira da chaminé desenha traços até o céu, obedecendo a imaginação do olhar madrugador.
Tudo bem seguido de aromas caseiros que alimentam muito além do corpo... o espirito!

O lugar de eu vim apresenta as mudanças solicitadas pelo passar dos dias.
Porém, em meio a metamorfose algo se sustenta...lá, sempre será o lugar de onde eu vim!


MINHAS VÁRIAS SAUDADES DE AGORA.

Outro dia respondendo a uma mensagem me veio à mente este texto.
Tenho uma montanha de saudades! Uma coleção delas!
Tenho saudades tantas que, às vezes, tenho saudade até mesmo de não ter saudade! rsrsrs.
Tenho saudade de situações simples como atender ao telefone e falar sobre um assunto qualquer.
Tenho saudade de ficar deitada na rede da minha casa só ouvindo o barulho do vento; ou vendo a chuva pela janela.
Tenho saudade daquele encontro inesperado no supermercado ou no banco, ou na rua mesmo.
Tenho saudade daquela conversa de corredor rapidinho só para saber como está a vida.
De filmes que já assisti; de lugares que já conheci; de momentos que já passei; de objetos que já tive. Isso mesmo, uma foto, um livro, um brinco, um disco/CD, uma roupa!
Pode parecer tolo, mas saudade é um sentimento.
E sentimentos não são tolos. São para serem sentidos!
Depois eles passam... esse é o ciclo espontâneo...se o acompanhamos, ele se realiza serenamente!
Mas o que mais tenho hoje, especialmente, são saudades que têm nomes!
Cada saudade tem um nome e algo que me lembra desse nome.
Então me vem a saudade...
De brincadeiras divertidas, debochadas, mas muito bem humoradas!
De comportamentos agitados e reclamações infundadas e continuas!
Do chamado imediato e necessário!
De conselhos experientes!
De atitudes de surpresa!
De gestos carinhosos!
De atenções cuidadosas!
De palavras de incentivo e afetividade!
De gestos corriqueiros e cotidianos, tipo café com leite.
De cheiros, de cores, de ruídos, de toques físicos.
Ah...mas o que mais tenho saudade mesmo são:
De sorrisos amplos e sinceros!
De abraços intensos!
De presenças incontestáveis e insubstituíveis!

Ah, saudade...ainda bem que temos essa capacidade de sentir!

TRADUÇÕES COTIDIANAS II.

Os dias se alteram entre sensações de horas recentes até meses já passados.
cada momento e todos se constroem na intensidade de ações, movimentos, sentimentos...
e do silêncio.
O pouco vivido muito e o muito do que já foi vivido, em pouco.
A distância originando proximidades;
confirmando intimidades;
descobrindo afinidades.
a proximidade com descobertas
definindo escolhas para um caminho do porvir.

Um mês.
Realizando o sonho de ontem,
Manifestando a vontade de agora,
Transformando os desejos do amanhã (pelo menos, por hoje).

9 de jun. de 2013

TRADUÇÕES COTIDIANAS

No olhar da paisagem,
traduções se realizam como num passe de mágica.
Cada cena parece oferecer uma tradução, particular, de quem a presencia através de sons e imagens integrados.
Um universo inteiro e pleno a se expressar no corriqueiro passar do cotidiano dos pensamentos, ações, sentimentos e emoções.
A montanha oferece a mesma paz de uma presença segura;
o som dos trens traz recordações da infância, acompanhadas de gargalhadas sem limites;
o ritmo das pessoas andando remete ao cotidiano distante...
é quando emerge a vontade de saber como se encontram aqueles que caminham
por outros ambientes, outras ruas, outros ritmos, outras estações, outros dias!
O ritmo cotidiano, rotineiro ou não, desperta sensações diversas que brincam ao sabor dos acontecimentos.
Ora agitados, ora vagarosos...por demais!
Desperta cheiros, sabores...amargos, doces, salgados...insonsos! ...divertidos!!!!
Toca a imaginação conduzindo a divagações...ora aqui, ora ali...ora lá...
ora bem mais longe de onde se está, todavia, bem mais perto de onde se gostaria de estar.
...

Gosto de brincar com as inspirações do cotidiano como quando se brinca com os formatos das nuvens...imaginando o que pode ser...
pois, em seguida, uma nova forma toma vida...e outras imagens ganham presença.

Brinco com o cotidiano, de uma maneira muito respeitosa, como alguém que escreve histórias.
Histórias que, a qualquer momento, podem tornar-se realidade de um cotidiano diverso de possibilidades e transformações.




2 de jun. de 2013

IMPRESSÕES



De acordo com o dicionário, impressões: "substantivo feminino. Ação ou efeito de imprimir, de gravar (a oco ou em relevo), de reproduzir (imagens, dizeres) mediante pressão. Marca. Fig. Efeito produzido nos órgãos dos sentidos, no espírito: causar boa impressão (a alguém). Tipografia Impressão a seco, a que, por ser feita sem tinta, caracteriza-se pelas marcas profundas deixadas pelos instrumentos usados. Impressão em relevo, a que deixa no papel letras ou figuras salientes, em relevo" (Dicionario Aurélio)
Na situação e na condição atual acredito que impressões possam ser acrescentadas de uma diversidade enorme de sentidos e significados. A exemplo dos Kanjis japoneses: um mesmo kanji abarca diversos significados. Assim acredito que o seja  por não conseguir encontrar, em alguns momentos, palavra ou expressão que traduza as sensações, emoções e sentimentos que surgem ao decorrer dos dias, dos acontecimentos e das situações que se passam. Contudo, sem dúvida, a parte que se refere a "Efeito produzido nos órgãos dos sentidos, no espírito [...] por ser feita sem tinta, caracteriza-se pelas marcas profundas"...em recorte particular meu, expressa bem o que venho sentindo. Num dia de data e hora marcada irei retornar ao meu país; talvez as fotos se apaguem, se percam; talvez não se comente mais a respeito.Todavia, de alguma maneira, diante alguma lembrança, mesmo breve; diante alguma imagem, mesmo remota; diante alguma palavra, mesmo equivocada...as sensações surgirão tornar, outra vez, perceptível a recordação desse momento único. 
Osaka, Japão, Junho 2013


12 de mai. de 2013

Momentos que não se adiam.



Tem momentos que o tempo cronológico se faz alheio ao que precisamos viver!
Sem necessidade de hora para chegar
Sem necessidade de hora para sair
Sem hora para fazer o que for
Sem hora para, simplesmente, fazer nada.

Tem certos momentos que até se pode deixar para depois...
depois conserto essa janela;
depois lavo esse tênis;
depois compro essa fruta;
depois leio esse livro;
depois vejo esse filme;
depois faço essa viagem;
depois escrevo esse texto.

E assim por diante.

Tem outros certos momentos que, definitivamente, não se pode deixar para depois!
Tem outros certos momentos que não se adia!
                                               ...

Um abraço afetivo não se deixa para depois.
Um beijo não se deixa para depois.
Aprender a viver não se deixa para depois.
O saber escutar não se deixa para depois.
Oferecer um colo não se deixa para depois.
Um sorriso não se deixa para depois.
Uma lagrima não se deixa para depois.
Gestos ternos não se deixa para depois.
Uma boa conversa, uma conversa difícil não se deixa para depois.
                                               ...

As emoções não se adiam.
Os sentimentos não se adiam.
O bem-querer por alguém não se adia.
A expressão desse mesmo bem-querer não se adia!
Agradecer, agradecimentos não se adia.
Acreditar na vida, incluindo as pessoas...não se adia!

Para todos esses momentos...todos...
a burocracia é extremamente dispensável!
Quando não, indesejável!

Certos momentos não se pode deixar para depois,
não se pode adiar,
porque a vida vai sempre acontecendo em momentos
...Seguidamente!


13 de fev. de 2013

CONTEMPLAÇÕES DE UM INICIO DE 2013.



O verde das árvores contrasta com o azul celeste do céu revelando um movimento intensamente animado e brilhante. Por um instante compõem-se um cenário único e particularmente vivo. Permaneço estática, respiração baixa e vagarosa procurando não romper com este momento de puro deleite. Sons esporádicos surgem vez ou outra ao fundo dessa cena poderosa; que domina minha atenção.  Bem ao fundo; quase desaparecendo. Por esse breve momento reconheço o que significa Ser Um com o Universo. Sentido do estar integrado com a vida. Com o mundo. Bem a minha frente; bem próximo ao meu olhar o baile das folhas da palmeira me hipnotizam. Ao mesmo tempo fortes, firmes, leves e flexíveis se permitem mover às várias direções numa sintonia perfeita, agora sim, entre os elementos naturais: céu, terra, árvore, vento. A simplicidade dos movimentos e da composição dos elementos me é extremamente agradável; sinto-me parte integrante do mundo, sem, contudo, me deixar absorver pelo ritmo acelerado que emerge do mundo externo que acontece concomitantemente a essa harmonia. Assim se deixou acontecer o primeiro dia de janeiro de 2013.