27 de mai. de 2015

MEUS DIAS III.


Mais um de meus dias onde a companhia do silencio, dos movimentos urbanos, o ensaio primeiro da chuva posterior, ruídos leves e passageiros acompanham o passar o das horas.
Hoje pela manhã saí cedo, de certo, porque acordei cedo. 
O frescor matinal foi um convite a qualquer coisa, menos ao que era a pretensão do dia. O vento soprava levemente gélido. O silencio da rua era convidativo ao olhar para cima, para baixo, para os lados, para frente, para trás. Sem receios de atropelos.
O farfalhar das folhas, se quer, rompiam com o silencio. Ao contrario, pareciam compô-lo.
Na chegada de retorno a casa, acompanhada pelo ensaio de um chuviscar; o jardim também se apresentou convidativo para ficar. Toda uma realidade que transcende a própria imagem, tornando difícil encontrar palavras a sua tradução das sensações e sentimentos provocados.  
Conduziu-se em tranquilidade ao surgimento de múltiplos sentidos e sensações; os mesmo sem muitos roteiros ou pretensões. 
No mergulho desse universo um alvoroço desponta meio que do nada, direcionando a atenção para sons e cores diversas...
Companhias suaves, os pássaros invadem o silencio em harmonia.
Chegam de lugares quaisquer e pousam. Alçam vôo da mesma maneira, para lugares quaisquer. Aparecem e desaparecem; ora lentos, ora lépidos; ora vêm para perto; ora vão para longe. Parecem não ter pouso, nem repouso... mas seu canto ritmado denuncia que eles os têm.  

Assim aconteceu

o momento me conduziu e me deixei tomar por uma sensação de estar...em mais um dia.