10 de jul. de 2009

PERCURSOS.


Chão cheio de terra. Céu cheio de nuvens. Rio cheio de água. Sol acanhado. Névoa capciosa. Brincam de esconde-aparece. Pedras vertem a água suada da terra. Campos abertos de sonhos serenos. Estradas de silencio. Estrada cheia de verde, de retas, de curvas...torcidas, distorcidas...surgem e desaparecerem. Molhada. Seca. Percursos. Montanhas. Encostas. Barrancos. Pedras. Arvores. Folhas. Fabricas. Casas. Casebres. Pontes. Postes. Fios. Placas. Buracos. Lixo. Pessoas. Animais. Veiculos. Ali. Acola. Naquele lugar. No outro. Mais adiante. Aqui mesmo. Já passou. Cada detalhe é um misterio plantado ao longo do percurso. Pedaços desenhando uma porção minuscula do mundo. Pormenores que se configuram num mosaico de detalhes espalhados vãos. Percursos. Combinações multiplas de detalhes. Arranjo de pedaços. Um sentimento de absorção absoluta impregna e conduz ao alheio. Por outro, emanam sensações outrora sentidas que já vão distante. Na imagem que se mostra surge um novo cenario. Conta-se uma nova historia. Vive-se de um novo jeito. Nem noite, mas quase. Nem dia, mas quase. Nem longe, nem perto...chegando. O tempo perdeu seu itinerário absorvido pelo pensamento que comunga com o silencio da estrada.