2 de out. de 2012

O DITAR DOS MESES




Agosto desbotou. Desfolhou...exatamente em uma sexta-feira!
A lua iluminou sua última noite agostina com uma beleza única.
Lá se foram: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto.
Restarão ainda quatro dos meses a passar para contar-se mais um ano.
Agosto foi assim como qualquer outro agosto.
Ora chuva. Ora sol. Ora vento. Ora brisa. Ora garoa. Ora úmido. Ora seco.
De manhãs ainda noturnas. De dias passados sisudos. De noites mais prolongadas.
O fim de agosto anuncia os estertores do inverno se chegando.

Setembro chegou colorindo.
De amarelos, rosas, vermelhos, brancos jardins baixos e jardins altos.
Gramados verdes e calçadas acinzentadas ganharam mais vida nos nuances das folhas que lhes cobriam.
Os silêncios se quebram dando passagem aos sonoros passaredos. Agora parecendo mais vibrantes.
Atordoam melodiosamente o cotidiano ruidoso da urbanidade. Rsrsrs.
Que dizer então dos avivados sorrisos que se espalham nos mais diversos tons da alegria.
Nas rodas de conversas que retornam as beiras dos bares, botequins, botecos aos fins de tarde e ao adentrar das noites. Doravante, mais estreladas.
Até a lua parece mais brilhante!
Talvez um preparo para se tornar mais insinuante ao adentrar da próxima estação.
O fim de setembro chega ao começo da semana de um novo mês que se configura.

Que outubro se provenha! 
Trazendo o que devera descobriremos ao seu decorrer!
Saudações outubrianas!

IDADES DA VIDA


Acordei me indagando: Quantas idades tem uma vida? Quantas passagens e quantas paradas? Os anos passam? Ou somos nós que passamos por eles? Se os dias que passam de anos têm igual data, qual idade é esta que não se alcança, mas tanto se deseja?Mergulho nas idades como se o fizesse num bolo de camadas múltiplas. Intercaladas entre doces, amargos, cítricos sabores. Encontro tesouros enterrados de séculos. Descubro relíquias. Quantos anos têm em uma vida? Descubro que tanto nos fazem os anos de vida! Tanto fazemos nos anos da vida! Estamos a ser andantes finitos em suas trilhas. Somos teóricos mirabolantes dentro do temporário. Temporalidade com características de impermanência. Usufruímos das idades...dos porquês (a saber: com respostas e sem respostas! Rsrs). Das rebeldias. Das reclamações. Dos achismos. Das razões. Idades felizes. Idades tristes. Idades aturdidas. Idades sonhadoras. Idades aventureiras Idades realizadoras. Idades desmedidas. Idades certinhas. Idades satisfeitas. Idades maduras. Idôneas. Idade para realizar. Idade para desfrutar. Idade para descansar. Para vestirmos todas as cores, todos os estilos; todos os modelitos. Idades para viajar; para ficar; para contemplar. Idades para mudar e para transformar. Ou simplesmente, para permanecer, continuar. Para experimentarmos todas as comidas; todas as bebidas; todos os perfumes. Todos os sabores; todos os ritmos. Para vivermos todos os sentimentos; todas as emoções; frustrações e conquistas. Enfim, tem a idade para deixar de existir! Que ela se chegue quando a ternura dos anos de vida nos chamar para serenar nosso corpo e renovar nosso espirito em direção a outras caminhadas. Fato é que todos passam - idades ou anos. Não cessam de passar, marcando-se pelo incidir do instante que passa. Assim, deduzo: temos idades para todos os tempos...ou será que temos tempo para todas as idades?(ops!) Talvez dependa, isso, de nossa passagem pelos anos da vida!