Mais um de meus
dias onde a companhia do silencio, dos movimentos urbanos, o ensaio primeiro da
chuva posterior, ruídos leves e passageiros acompanham o passar o das horas.
Hoje pela manhã saí
cedo, de certo, porque acordei cedo.
O frescor matinal
foi um convite a qualquer coisa, menos ao que era a pretensão do dia. O vento
soprava levemente gélido. O silencio da rua era convidativo ao olhar para cima,
para baixo, para os lados, para frente, para trás. Sem receios de atropelos.
O farfalhar das
folhas, se quer, rompiam com o silencio. Ao contrario, pareciam compô-lo.
Na chegada de
retorno a casa, acompanhada pelo ensaio de um chuviscar; o jardim também se
apresentou convidativo para ficar. Toda uma realidade que transcende a própria
imagem, tornando difícil encontrar palavras a sua tradução das sensações e
sentimentos provocados.
Conduziu-se em tranquilidade
ao surgimento de múltiplos sentidos e sensações; os mesmo sem muitos roteiros
ou pretensões.
No mergulho desse
universo um alvoroço desponta meio que do nada, direcionando a atenção para
sons e cores diversas...
Companhias suaves,
os pássaros invadem o silencio em harmonia.
Chegam de lugares
quaisquer e pousam. Alçam vôo da mesma maneira, para lugares quaisquer. Aparecem
e desaparecem; ora lentos, ora lépidos; ora vêm para perto; ora vão para longe.
Parecem não ter pouso, nem repouso... mas seu canto ritmado denuncia que eles os
têm.
Assim aconteceu
o momento me conduziu
e me deixei tomar por uma sensação de estar...em mais um dia.
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