3 de mai. de 2009

Texto pequeno. Sem jeito. Sem melindres. Sem requintes. Sem floriado. Apenas simples. Um texto. Meu texto. Escrito. Descrito. Narrado. Proseado. Repetido. Soletrado. Desfragmentado. Clama. Reclama. Sofre. Remedia a tristeza. Desculpa a ignorância. Agrega valor. Confunde a gramática. Cede diante da polifonia dos sentidos e emoções. Camufla e denuncia os sentimentos. Inconsistente diante a existência do tempo. Incoerente diante da impermanência da vida. Ainda assim serve a ilusão colorida de quem tem a pretensão de traduzir a vida. Pelo menos alguma parte desta. A escrita daqui se presta a isso. Para o desmedido de meus delírios. Para desforrar o sofrimento e vangloriar a alegria de ser e estar. Para saber o que mais quero transcrever. Letra por letra. Que linguagem é esta que procuro? Alguma que responda a meus anseios. Que me traduza nas entre linhas de letras, palavras, sons. Regras. Gramatica que confunde. Valor que agrega. Ignorancia que desculpa. Tristeza que remedia. Sofre. Reclama. Clama. Fragmenta. Soletra. Repete. Prosea. Narra. Descreve. Escreve. Texto meu. Texto único. Simples. Sem floreios. Requintes nenhum. Melindres algum. Jeito qualquer. texto acanhado.

Um comentário:

Unknown disse...

Poesia simples, linda, reflete a mulher maravilhosa que você é, que me faz feliz pelo simples motivo de proporcionar a oportunidade de estar presente em sua vida. te adoro. Penso em vc sempre.