Há tempos. Há pessoas. Há momentos. Há lugares. Há espaços. Há pensamentos. Há sentimentos. Há emoções. Há sons. Há silencios. Há cores. Há curvas. Há retas. Há cantos. Há recantos. Há encantos. Há tantos e há poucos. Há alguns e há nenhum. Há raridades. Há mesmices. Há sempres. Há nuncas. Há sins. Há nãos. Há talvez. Há duvidas. Há o existir e o não existir. Há o crescer, o desenvolver, o regredir. Há começos. Há fins. Há o desfalecer. Há o morrer. Há saudades. Há lembranças. Há memorias. Há esquecimentos. Há fazeres e não fazeres. Há responsabilidades e irresponsabilidades. Há exigencias. Há compromissos. Há fugas. Há medos. Há recusas. Há aceitações. Há coragem. Há simplicidades. Há exageros. Há miserias. Há riquezas. Há milhares, milhões. Há um somente. Há crenças. Há descrenças. Há esperanças. Há fé. Há diferenças. Há semelhanças. Mas não há igualdades. Há continuidade. Há descontinuidade. Há proximos. Há distantes. Há o profundo e o raso. Há o intenso. Há o brando. Há sucessos. Há fracassos. Há vitorias. Há derrotas. Há cansaço. Há descanso. Há limites. Há superações. Há liberdades. Há prisões. Há o feminino. Há o masculino. Há a criança, o adulto, o velho. Há o insano. Há o saudavel. Há o publico e intimo. Há o essencial. Há o descartavel. Há dor. Há alivio. Há choro. Há sorrisos. Há sofrimentos. Há abraços. Há aconchego. Há afetos. Há desafetos. Há divergencias. Há concordancias. Há inteligencias. Há ignorancias. Há natureza. Há universo. Há estrelas. Há molhado. Há seco. Há o insosso. Há o doce, o salgado, o azedo, o amargo. Há o alto, o baixo, o medio. Há o cedo. Há o tarde. Há o dia. Há a noite. Há o quente. Há o frio. Há o liso. Há o aspero. Há atritos. Há agitação. Há quietudes. Há amenidades. Há movimento. Há o imóvel. Há espaços. Há lacunas. Há ocupações. Há o fogo, a madeira, o metal, a água, o vento, o ar. Há o silencio. Há o ruido, o som. Há o sagrado e o profano. Há o aquem. Há o alem. Há o tudo. Há o nada. Há o cheio. Há o vazio. Nas proximidades alcançamos os extremos. Das intimidades atingimos as leviandades. Das existências infindas do “de vir” experienciamos progressos sem fins, com fins. É preciso percorre-las uma a uma para deixar-se simplesmente existir.
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