11 de out. de 2009

DIAS COTIDIANOS DA MINHA JANELA II.

Domingo ameno. Típica primavera. O sol brilha, mas com suavidade. A chuva fina da manha deixou um ar de frescor sobre a grama e a cerca viva. O cheiro da hortelã se espalha pelo jardim quando tocada. Gorjeios sem intervalo se misturam numa sinfonia natural. O colorido de penugens encanta o olhar curioso. O vento vem repentinamente nas folhas das arvores quebrando o silencio. Um gato anda sorrateiramente pelo muro do jardim e olha de soslaio para sua proteção. Os carros passam na rua logo acima. Transito calmo para um feriadão. Ao longe se toca musica, conversas e risadas. Palavras soltas são pescadas aqui e ali, dando asas a imaginação para compor o dialogo distante. O sino bate anunciando a reverencia religiosa de todos os domingos. Mostram-se as borboletas e as orquídeas...rosa, branca, amarela. Todo setembro, outubro tem sido assim. Todo tempo tem sido assim...presentes de surpresas que se repetem sem perder a magia de encantar. Encantos somente reconhecidos diante do parar; do silenciar; do ver; do perceber. Mas, especialmente, diante do comover. Comoção conduzida pelo simples ato de se deixar induzir pelo tempo de breves segundos, ou talvez, minutos. Que se transformam em horas enamoradas por uma dimensão indescritível se pensada na razão. Quiçá seja permitido reconhecer e ceder sempre aos momentos que me seduzem agora...sejam estes se fazendo em setembros, outubros, novembros, dezembros, janeiros... domingos, sábados, segundas, terças, quartas...mas se fazendo diante meus sentidos agora e para todo o sempre. Amém.

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