18 de jul. de 2010

CIDADES.
(2010).

Cidades
Nichos de humanos de culturas tantas.
Templo de expressões marcadas e marcantes.
Cantos sagrados de reclusão,
de misturas,
de convivências.
Luzes que pagam... acendem.
Águas que correm... escorrem abrindo caminhos.
Cascatas de telhados
Idas e vindas de vielas, de ruas, de estradas, de calçadas;
encontros de esquinas.
Que integram extremos de distâncias próximas ou longínquas.
Pontes Ruídos que expõem fábricas, lojas, carros, animais, vegetação, pessoas.
Jardins que embalam afetos, abraços, discussões e diversões. Testemunhas silenciosas de encontros e desencontros. De começos e fins.
Cheiros intensos que estimulam ou espantam a curiosidade.
Praças que guardam profundamente lembranças de travessuras perdidas,
mantendo-se presente às futuras.
Edifícios que sobem altos andares na esperança de alcançar o infinito do céu.
Túneis que penetram as entranhas íntimas da terra abrindo veias artificiais.
Entulhos, lixos, detritos de restos dispensados, ignorados e, às vezes, reinventados
pelas próprias mãos que o produziu e, em algum momento, o descartou.
Placas, cartazes, outdoors informam o instante do que foi o ontem, do que é o hoje
e do que será o amanhã.
Cidades,
que recebem a luz dos dias e os brilhos das noites;
os perigos constantes e os novas ameaças.
Cidades,
Espaços que nos aproximam e nos afastam no constante ir e vir das cidades.

Nenhum comentário: