9 de abr. de 2011

SAUDADES DO MEU TEMPO.

Constantes mudanças guardam o que não se deixa perder nas retinas cansadas...registros de outrora.

abre-se um baú de inocentes memórias. Cenas simples.

Personagens eternos. Gostos. Ccheiros. Sensações.

Estrelas que compõe com o céu enluarado o traçado dos caminhantes noturnos.

Nuvens que se moldam sobre a imaginação do olhar. Brincadeira de criança!

Árvores que sobem em tamanho crescente.

Riachos que abrem passagens em curvas e retas no traçado das águas.

Varanda povoada por conversas cotidianas de dias passados mais tranquilos.

Presenças enraizadas através de fatos. De palavras. De sentimentos.

E, sobretudo, de gestos.

Saudades do meu tempo!

Pés descalços. Sorriso aberto. Banho de mangueira no jardim.

Cenoura do quintal. Ovo do galinheiro. Caixa de areia. Poça de lama...

Saudades do meu tempo!

Balanço de corda. Pipa no telhado. Trave de pedras. Bola na rua.

Esconde-esconde. Bola de gude. Geladinho. Casinha na árvore.

Boneca de pano. Pião girando na palma da mão...na calçada...na rua [risos].

Saudades do meu tempo!

Benções pedidas. Canções de ninar. Beijos na testa. Sanduíches de mortadela.

Pão com geléia. Broa de polvilho. Soninho da tarde.

Almoço em familia: pais, filhos, avós, tios, primos, amigos...

Saudades do meu tempo!

Nostalgia que bastece o espírito para meus tempos de agoras e de amanhãs.

Um comentário:

Gil Maulin disse...

enfim, tempo que vai e volta de maneiras diferentes.