Intencionava pintar uma tela grande, colorida, movimentada
Do tamanho grande o suficiente para caber meus desejos, minhas vontades,
meus sonhos, minhas fantasias e, claro, minhas realidades.
Do tamanho grande o suficiente para caber meus desejos, minhas vontades,
meus sonhos, minhas fantasias e, claro, minhas realidades.
Usei e abusei de cores e teve momentos, em que nem cores
usei!
Rabisquei tintas e pincéis em cores de variados traços.
Rabisquei tintas e pincéis em cores de variados traços.
Desenhei com giz, com lápis, com ceras, com
canetas
com aquarelas de cores translúcidas ou
intensas.
Movimentei os traços ora em compassos rápidos e lentos;
ora em detalhes minuciosos;
ora em rabiscos desarranjados.
Misturei, embaralhei, contornei, tive pinceladas sem razão,
aparentemente.
Tive desenhos de um contorno extremo definido de idas e
vindas,
de começos e términos.
Esbocei
traços tímidos, tremidos querendo dar formas a vontades e sentimentos.
Que
pretensão!
Hoje se
definiram sobre a tela algumas curvas, outras retas, alguns pontos,
algumas manchas, alguns borrões.
algumas manchas, alguns borrões.
Compreendi
que minha aquarela, às vezes, desbota.
E que nessas
pinceladas da vida existem cores que não escolhemos;
traços
que não fizemos...
Porque nessa aquarela da vida não somos nossos
únicos pintores.
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