15 de out. de 2010


DESSES MOMENTOS QUE O TEMPO NOS BRINDA.
(2010). Dedicado.
“Mas se eu sentir que nós
Estamos juntos
Longe ou a sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem...”[Pra você eu digo sim. Rita lee]

Os minutos se prolongam na expectativa do encontro e as cenas acontecem “slow motion” numa conspiração para o derradeiro momento. Tudo parece sincronizado e regido pelos batimentos cardíacos da hora esperada... querida... planejada... ainda por acontecer. Cada pessoa, cada gesto, cada expressão, cada movimento, cada objeto, cada som sugere compor um detalhe essencial na contagem regressiva do encontro aguardado.

Vou deixar-te escutar meu coração.
Vou deixar-te ver minha alma.
Para que possas perceber:
a esperança adiada que se realiza uma a uma palavra, um a um gesto, uma a uma expressão;
a saudade guardada que se extingue a medida dos momentos compartilhados;
a ansiedade que se esgota a medida da aceitação do que me mostro ser.

Cruzam-se olhares em rostos conhecidos que, então, se reconhecem.
Agora, acompanhados pelas marcas que o passar dos tempos escreveu em cada face.
Entrelaçam-se braços em ternos, fortes, intensos abraços que perduram um instante de infinito. Murmuram-se palavras afetivas na tentativa de descrever o que passa ao coração, ao pensamento, ao corpo.

Viajei de encontro a tua presença para não mais te perder nesta vida.

Conheci tuas virtudes; desfrutei da tua essência; participei, por pequenos instantes, das tuas mais simples vontades; diverti-me com teu sorriso de menina travessa; reconheci virtudes de uma MULHER, de uma MÃE, de uma ESPOSA, de uma PROFISSIONAL; senti teus sentimentos; emocionei-me com tuas emoções; deliciei-me com teu modo de ser; aprendi dos teus conceitos; bebi do teu viver.

Vejo tua imagem com maior nitidez. Percebo-te mais próxima. Sinto-te mais intensamente.

Nos limites do tempo escreveram-se momentos desacreditados de outrora, por quês sem respostas, lamentações pressentidas, lágrimas vertidas, palavras proferidas em sentidos vãos que tornaram a distância uma realidade padecida.
Lembramos nossas vidas, revimos nossas escolhas, reafirmamos nossas decisões para mudarmos nossos destinos, de fato.
Transformamos, quebramos a escrita dessa história triturando as ausências estendidas com nossas presenças aproximadas, aconchegadas em colos e mimos recíprocos.
Fata viam inveniunt! ( o que há de ser tem muita força!)

Um comentário:

Anônimo disse...

nao sei como fazes nem onde encontras tamanha expressao, mas cada vez que leio um de seus poemas me emociono com a pessoa que voce tem se tornado.