27 de out. de 2010

DOS DIAS COTIDIANOS (2010).

Leves, suaves, intensos... o sol adentrando pela janela. abro passagem para lhe oferecer um espaço maior. sentada a beirada da porta permito que o calor invada meu corpo, aquecendo mesmo meus pensamentos mais íntimos. sustentar o olhar com o astro-rei é impossível diante a intensidade de sua majestade. fecho os olhos para sentir: o mais longe que me for permitido. o mais profundo que me penetrar. mais do que o nada e menos do que o tudo. antes de vir a ser e depois do que já foi. o principio de um começo previsto e o final de um termino indeterminado. muito melhor! o transcorrer de um amadurecimento! a realidade é assim, mais ou menos do que queremos. às vezes para mais, às vezes para menos e, às vezes, extremamente distinta do que nos preparamos. mas, nem nós mesmos somos os mesmos do que nós mesmos esperamos ser. entendeu?...nem eu! [rs]. contudo, todavia, por ventura tenho vontades cotidianas, ou não, que me arrebatam o espírito com mais perfeita lucidez: expressar por gestos, palavras e atitudes o que realmente quero dizer, o quanto quero dizer, antes que oportunidade me abandone. Identificar, compreender e refletir sobre os meus erros, fazendo-me capaz não de não repeti-los. dizer sempre a verdade quando necessário e com confiança, sem insultos. demonstrar sentimentos reais, sem camuflar a intensidade do que faz bem, ou do que dói. Saber escutar as respostas que não quero para as perguntas que não fiz! entusiastamente vejo a vida melhor. sinto a vida melhor. transformo minhas vontades... em ações! e, assim, espero mesmo viver serenamente, sentada na varanda vendo o sol nascer e se por, nascer e se por, nascer e se por. tomar café quentinho pela manhã. sucos ou água no decorrer do dia. chá ao entardecer. e quem sabe, um vinho ao anoitecer. afinar os ouvidos diferenciando a tonalidade do canto dos pássaros. e as músicas que hão de tocar. visualizar as situações cotidianas que me encantam com sua heterogeneidade: fatos, pessoas, objetos. cenas de um dia comum. e, se por ventura, alguém mais quiser acompanhar esse delírio, que seja bem-vindo!

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