27 de out. de 2010

DESTINOS.

Coloco-me como observadora de mim mesma.
Eu vislumbrava um destino aventureiro: grandes viagens, rumos desconhecidos, amores ciganos, idas sem voltas, emoções constantes; planos incertos; mistério por desvendar... sem saber se o resultado me seria agradável, ilusório, imediato, efêmero, finito, ou mesmo real.
Quis escrever meus destinos em pedras para que perpetuassem independente dos tempos.
As pedras me castigaram mostrando que o tempo é seu aliado e que suas cicatrizes saram a medida de sua ação natural.
Traíram-me minhas origens.
Admito: busquei um porto seguro para atracar de vez meu destino.
Preciso fixar minhas raízes em terra firme, já explorada!
Vez por outra uma aventura medida. Comedida.
Rumos sempre conhecidos, se não por mim, por outros.
Amores... um somente! Daqueles que arrebata o espírito e encarcera o corpo.
Idas com voltas previstas, indiscutivelmente!
Afasto-me, mas não muito que é para não perder o contato.
Uma ilusão! Mas é minha ilusão sustentada! Ponto!
Ando tateando caminhos determinados
procurando um destino de saberes, de paz, de harmonia, de aconchegos, de saúde.
O talvez seja o meu melhor destino.
Percorro vias de rumo a respostas de questões que ainda nem bem ao certo formulei.
Eu quero apenas saber em qual destino minha vida vai encostar,
Qual destino minha vida vai seguir.
Eu comi, bebi, andei, corri, parei, deitei, dormi.
Continuei: sorri, chorei, jurei e sofri amores,
Rezei mantras, orações, entoei cantos
Dancei rodas.Conscientizei-me dos enganos; mas ainda pouco sei dos acertos.
Fui quase feliz, quase triste.
O destino visitou os corredores da minh’alma
Soube dos erros escritos na linha de minha vida
Agora tenho que, de novo, transformar.
Minha procura por si só não está finita.
Eu que não tenho certezas do que pedir;
Tenho, pelo menos, certezas do que agradecer
Dessa forma, deixo ao meu destino designações e significados múltiplos e também alheios...
para que se construam novos...destinos.
Seja onde for que se escrevam os destinos que guiam a alma humana.
Seja qual mão conduz os escritos que se registram a condição dos destinos
Meu destino está nessas mãos, que procuro conhecer.

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